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37º Festivale tem time de peso por trás das cortinas

Da direita para a esquerda: Atul Trivedi, Milena Siqueira, Felipe de Menezes, Amilton de Azevedo, Wangy Alves, Priscila Gontijo, Julia Guimarães, Wallace Puosso e Roberval Rodolfo. / Foto: Wangy Alves / FCCR

37º Festivale tem time de peso por trás das cortinas


05.09.2023

 

Como todo teatro tem seus bastidores, o maior Festival Nacional de Teatro do Vale do Paraíba -- o Festivale – não poderia ser diferente. Na sua 37ª edição, o Festivale conta com uma equipe diferenciada de curadores, críticos, mediadores e produtores executivos. Abaixo, confira a minibio dos profissionais. 

Trata-se de um time de grande capacidade técnica, preparado para essa responsabilidade que é levar espetáculos de qualidade à população de São José dos Campos e região, facilitando o acesso das pessoas às artes cênicas, garantindo a diversidade de expressões e linguagens e contribuindo para a formação de público. Além dos espetáculos e intervenções teatrais, o Festivale também traz exposições, debates e workshops para artistas e interessados na área.

No total, são 12 profissionais, sendo 4 curadores, 4 críticos, 2 produtores executivos e 2 mediadores. O trabalho desta equipe começa bem antes das cortinas se abrirem à plateia. A começar pelos curadores Atul Trivedi, Milena Siqueira, Wallace Puosso e Wangy Alves, que tiveram a responsabilidade de selecionar os espetáculos para o festival, entre os 213 inscritos no edital. Esse trabalho de curadoria antecede todos os processos. Sob olhares detalhistas, eles definem as apresentações e onde o espetáculo se encaixa.

Essa edição também conta com um time de críticos especializados da área teatral. São eles: Amilton de Azevedo, Felipe de Menezes, Julia Guimarães e Priscila Gontijo. As críticas servem de termômetro para o grande público, as mídias e todos os envolvidos.

Ficha técnica da equipe da 37ª Edição do Festivale

Curadores

Atul Trivedi iniciou sua carreira de ator e diretor teatral em 1973, enquanto estudante de engenharia na Índia. Realiza atividades teatrais no Brasil desde o início do Grupo Rangávali, em 1981. Idealizador e realizador do "Projeto Reconstrução Teatral", que hoje funciona como CET – Centro de Estudos Teatrais em São José dos Campos. Coordenou o Centro de Estudos Teatrais e participou da Comissão organizadora do Festivale – Festival Nacional de Teatro do Vale do Paraíba como Coordenador Geral de 2001 a 2008, tendo sido curador em diversas edições posteriores. 

Milena Siqueira é atriz e arte educadora, com licenciatura em Artes pela Universidade Claretiano, em 2016. Iniciou seus estudos teatrais em 1997 com o diretor Moisés Miastkwosky e, em 1999, estreou seu primeiro espetáculo "A farsa do Mestre Patelin”, com direção de Guarahna Ramos. Sua formação contou com artistas de diferentes pesquisas, como performance relacional, biodrama e teatro de improviso. Participou de cursos e oficinas com grandes diretores e professores, entre eles: improvisação, com Vivian Buckup; mímica clássica, com Alberto Gaus; melodrama, com Ana Luiza Cardoso; a aprendizagem, do ator com Antonio Januzelli. Hoje, a artista integra o Laboratório Teatro Químico que tem em seu repertório o solo "Algo pensa em mim” e o Coletivo Entre Oito. Em 2018, estreou "10 minutos para você - uma performance afetiva”; em 2019, "Se essa arte fosse minha - arte relacional com crianças"; e em 2022, "Curativos poéticos virtuais e outras relações celulares”.

Wallace Puosso é ator, diretor de teatro, dramaturgo e poeta. Integrante do Teatro D’Aldeia e da Experiência Dylan. Autor dos livros "Acústico e Valvulado” (2019), "Cicatrizes” (2016) e "Refletindo” (1992). Já dirigiu/produziu 21 espetáculos e atuou em 19, entre os quais: "Toda Nudez Será Castigada” (2007) e "Um Dia Ouvi a Lua” (2010), com a Cia. Teatro da Cidade e "Cicatrizes” (2016) e "The Bichos” (2019), com o Teatro D’Aldeia. Apresentou-se na Bolívia, Equador e Portugal com diferentes trabalhos. Idealizador e produtor da Intervenção Poética "Poesia sob o Sol”, (2013-22). Produtor Executivo do projeto "Nas Asas do Cinema”, pelo Instituto Magneto, (2005-08). Com a Experiência Dylan produziu e atuou nos espetáculos "Balada do Homem de Lugar Algum” (2017) e "Infiéis” (2022).

Wangy Alves é diretor de teatro, historiador e agente cultural. Fundador da Cia Cultural Velhus Novatus e do Bloco Uai Folia. Formado em história pela Univap (Universidade do Vale do Paraíba), com especialização em Cultura Popular Brasileira, na mesma universidade. Coordena, desde 2011, o CET – Centro de Estudos Teatrais e o Festivale da Fundação Cultural Cassiano Ricardo, em São José dos Campos.

Críticos

Amilton de Azevedo é crítico e professor de teatro. Doutorando em Artes Cênicas na ECA-USP, é mestre em Artes da Cena pela Escola Superior de Artes Célia Helena, onde lecionou entre 2016 e 2019. Criou a plataforma "Ruína Acesa” em 2017, onde publica regularmente textos sobre teatro. Escreveu para a Folha de S. Paulo e colabora em festivais como o MIRADA e a MITsp. Membro da seção brasileira da Associação Internacional de Críticos de Teatro. 

Felipe de Menezes é trabalhador da cultura no interior paulista. Fundou, há 24 anos, o Forfé Teatro, em Piracicaba (SP), e é o seu atual diretor artístico. É diretor, professor e historiador de teatro. Cursou licenciatura em História na PUC SP e bacharelado em História na USP, por onde, atualmente, cursa Letras. Atua como professor de teatro há 14 anos no Teatro Escola Macunaíma (São Paulo e Campinas), desde 2018 na Escola Livre de Teatro (Santo André) e, em 2022, passa a integrar a equipe de professores da primeira turma do recém-criado Curso Técnico de Teatro da Prefeitura Municipal de Barueri. Como historiador tem se dedicado à pesquisa da história e da memória do teatro no interior paulista e no Grande ABC – período em que lançou quatro publicações sobre o tema. É autor dos livros "História e Memória do Teatro: Piracicaba das monções aos dias atuais"; "Inventário das Produções Artísticas da Escola Livre de Teatro de Santo André: 2011 a 2020"; Teatro em Piracicaba: as histórias, os espaços e os artistas da cena local" e "Escola Livre de Teatro de Santo André: 30 anos de existências e lutas". Além disso, organizou, em 2021, a publicação comemorativa relativa às duas décadas de existência do Grupo XIX de Teatro. Estudou Direção Teatral no Conservatório de Tatuí, na Funarte e na primeira turma da SP Escola de Teatro. Dirigiu mais de 20 espetáculos pelo Forfé que lhe renderam importantes prêmios em festivais pelo Brasil. Há três anos, atua como crítico de teatro no Festival de Nacional de Teatro do Vale do Paraíba, o Festivale, em São José dos Campos. 

Julia Guimarães é crítica teatral, professora, pesquisadora e jornalista. Editora do site de crítica Horizonte da Cena (MG), das revistas Subtexto (Galpão Cine Horto/MG) e Letras (MG). Foi professora visitante na UFMG (2021-2023), onde ajudou a criar o programa de extensão Mirante – Recepção e Expectação Teatral. Realizou pós-doutorado na Escola de Belas Artes da UFMG e concluiu o doutorado em Artes Cênicas na Escola de Comunicações e Artes da USP, onde atuou como professora convidada. É co-organizadora do livro "O teatro como experiência pública" (ed. Hucitec/SP, 2019, com Sílvia Fernandes e Óscar Cornago). Foi curadora do eixo Olhares Críticos da Mostra Internacional de Teatro de São Paulo (MITsp), em 2022. Atuou como crítica de teatro nos jornais O Tempo e Pampulha (BH), no site Teatrojornal (SP) e em diversos festivais brasileiros. É integrante da Associação Internacional de Críticos de Teatro (AICT-Brasil).
 
Priscila Gontijo é escritora, dramaturga e roteirista. Mestra em Literatura e Crítica Literária pela PUC/SP, doutoranda em Letras (Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa) FFLCH/USP. Como dramaturga é autora de "A vida dela”, "Deadline”, "Soslaio”, entre outras. Como romancista, publicou "Peixe cego”, romance finalista do Prêmio São Paulo de Literatura 2017, "O som dos anéis de Saturno”, semifinalista do Prêmio Oceanos 2021 e "Animais submersos”, livro de contos lançado em 2023 pela editora Quelônio, vencedor do ProAC Expresso Nº 19/2021. Como roteirista, participou de diversas salas de roteiro, entre elas a 2ª e a 3º temporadas de DOM série de Breno Silveira produzida pela Conspiração Filmes, da Amazon Prime Video, a 4ª temporada da série "Me Chama De Bruna”, produção TVZERO, para a FOX Premium, foi vencedora em ambas categorias (argumento e roteiro originais) do ProAC de Telefilme da cidade de São Paulo para a TV Cultura com o telefilme: "IRINA", e contemplada no Núcleos Criativos do Fundo Setorial com roteiro de longa-metragem e projeto de série para a ParanoidBr; ministrou aulas de roteiro no curso técnico no Filmworks III, da Academia Internacional de Cinema AIC/SP. Foi pesquisadora de texto da TV Globo. Atualmente é professora de dramaturgia e roteiro no curso de pós-graduação Formação de Escritores, no Instituto Vera Cruz em São Paulo, ministra oficinas de roteiro na Roteiraria e desenvolve projeto de série para a Coqueirão Pictures.

Produção executiva

Carlos Rosa é ator, diretor, dramaturgo e produtor. Em 2004 fundou o grupo Teatro Rinoceronte, onde foi produtor, dramaturgo, diretor e ator em vários espetáculos do grupo, entre eles "Cabaret Del Rinoceronte”, "Maroscas” (baseado na obra de Anton Tchekhov) e "As Artes Malasartes – A Viagem de Pedro Malasartes”. Criou e coordena o curso Fotonovela, realizado na Unesp São José dos Campos, CTA, SESC SJCampos, SESC Pinheiros e SESC Belenzinho. De 2011 a 2015, foi diretor artístico do grupo Piraquara, da Fundação Cultural Cassiano Ricardo, em São José dos Campos. Foi curador do 31º e produtor executivo do 34º Festivale. Escreveu e dirigiu a série em quatro episódios "Gran Circus Brasilis”, que estreou em outubro de 2022. Atualmente presta serviços de produção para a Fundação Cultural Cassiano Ricardo.

Dom de Oliveira é músico, poeta, compositor e integrante das bandas joseenses Dom Pescoço e Coletivo Estoril. Também é produtor cultural com diversos trabalhos, shows e festivais realizados.

Mediadores

Fernando Rodrigues é produtor, diretor e professor de teatro. Bacharel e Mestre em Artes Cênicas pela Universidade de São Paulo. Orientador artístico em diversos projetos de formação teatral em São José dos Campos e Jacareí. Criador e diretor do grupo Laboratório Teatro Químico, grupo no qual produziu os espetáculos "Feliz Ano Novo – um experimento sobre a virada"(2108), "Linhas invisíveis" (2017), "Projeto Casa Verde" (2014) e "Coração Denunciador (2011). Produtor e performer do Coletivo Entre Oito, no qual participou das performances "10 Minutos pra você – uma performance afetiva"(2018) e "Se essa Arte fosse Minha"(2019) e Curativos Poéticos e Outras relações celulares (2022) com o Coletivo Entre Oito.  Curador e mediador em diversos Festivais e Mostras de Teatro.

Roberval Rodolfo é ator e diretor - Pós-graduado em Arte-Educação e Orientador de Artes Cênicas e assina a direção dos espetáculos produzidos no NAC – Núcleo de Artes Cênicas do SESI/SP em São José dos Campos desde 2016. Desenvolve livre pesquisa/estudo sobre o "Marombo” (Palhaço da Folia de Reis) e suas possibilidades cênicas.

 

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