/// Notícias

Exposição temporária identifica mais de 40 parteiras tradicionais

Marcelo Silva, que mora em Barueri, visitou a exposição no final de semana, com a esposa Melissa Yamaoka e a filha Mirella Satie.

Exposição temporária identifica mais de 40 parteiras tradicionais


21.07.2022
Quando o Museu do Folclore de São José dos Campos planejou a montagem da exposição temporária Mãos que Amparam: Histórias do Parir e do Partejar, aberta em maio deste ano, não imaginava como a comunidade reagiria ao tema proposto – a profissão das parteiras tradicionais. 

A primeira manifestação veio quase dois meses antes da abertura da exposição, quando mais de 200 pessoas responderam, por meio das redes sociais do museu, a uma consulta para saber quem havia nascido de parteira, em que bairro, nome da parteira e outros dados. 

"Nasci em Santana e a parteira foi a Dona Francisca. Minha mãe sempre comenta de forma carinhosa sobre ela, dizendo que era extremamente prestativa e cuidadosa”, informou Roseli Cardoso em uma das respostas. 

"Eu e meus irmãos nascemos no centro da cidade pelas mãos da parteira Dona Silvéria, uma senhora muito boa e minha mãe gostava muito dela”, contou Maria Vicente em outro retorno à consulta.

Parteiras

O questionamento virtual feito pelo museu também trouxe à tona nomes de mais de 40 parteiras tradicionais, que moravam em diferentes bairros da cidade. Entre elas, a Dona Cida do Banhado, como era conhecida a jacareiense Aparecida Claro Vieira, falecida em 1995 aos 72 anos de idade. 

"Ela morou por algum tempo na Rua Paraibuna, mas logo mudou para o Banhado”, contou Sonia Lima, sobrinha de Dona Cida. "Minha tia também chegou a fazer um curso de parteira credenciada na Santa Casa de São José”. Sonia mora nos Estados Unidos e ficou sabendo da exposição do museu pela internet. 

A exposição tem um mapa com os nomes de onde atuavam as antigas parteiras de São José, além de elementos ligados à religiosidade (figuras de santos), ervas, objetos (garrafadas e maleta) e espaço para que o público possa interagir, relatando seus conhecimentos e experiências a respeito do assunto.

Visitas

No último final de semana o dentista Marcelo Silva, 44 anos, que mora em Barueri, visitou o Museu do Folclore com a esposa Melissa Yamaoka e a filha Mirella Satie, e gostou muito do que viu. "Achei muito interessante a exposição temporária onde há utensílios, ervas e relatos de pessoas nascidas de parteiras”, disse ele. 

Marcelo conta que numa das vezes que veio à região para visitar sua madrinha, que mora em Jacareí, teve oportunidade de conhecer São José, mas só agora decidiu visitar o Museu do Folclore. "Já conhecemos o Museu do Folclore de Olímpia e ficamos curiosos para ver como é o de São José”, ressaltou. 


A exposição temporária pode ser visitada até o dia 15 de setembro, de terça a sexta, das 9h às 17h, e aos sábados e domingos, das 14h às 17h. As visitas em grupo precisam ser agendadas antecipadamente pelos telefones (12) 3924-7354 ou (12) 3924-7318.

Gestão

O Museu do Folclore é um espaço da Fundação Cultural Cassiano Ricardo e está instalado no Parque da Cidade desde 1997. Sua gestão é feita pelo CECP (Centro de Estudos da Cultura Popular), organização da sociedade civil sem fins lucrativos, com sede em São José dos Campos.

Av. Olivo Gomes, 100 – Santana (Parque da Cidade)
(12) 3924-7318 ou (12) 3924-7354

A Fundação Cultural Cassiano Ricardo utiliza cookies e tecnologias semelhantes para fornecer recursos essenciais na proteção de dados.
Ao continuar navegando nesta página, você concorda com nossas .